O eterno retorno.
Para sempre, a mesma coisa. Vai segundo, vem segundo, e tudo se repete.
Eu me isolo nos filmes, nas salas de cinema, pra sentir o que eu não sinto mais como “ser humano”: emoção.
Na minha vida, real, só existe um sentimento: o de derrota.

Dormir junto é uma bosta.
Acordar junto, pior ainda!

Setembro... “Mês das artes”
Roberto Carlos, Bob Wilson, Patrice Chéreau, Isabelle Hupert, Dominique Blanc, Pina Bausch, e... Otávio Augusto!
É. Cada um tem o gênio que merece.

Caramba... Depois de ter visto um “filme” como o que eu vi na segunda – feira passada, numa daquelas extraordinárias pré – estréias de “cinema” brasileiro, qual será o “nosso” destino, hein?! E isso porque eu estou falando de uma coisa que não interessa, que é “arte”. Imaginem os outros setores de nossa belíssima sociedade...
PORRA! Como é que se pode tentar fazer algum filme (pensando bem, não só aqui) se o Cassavetes já fez um? Fica inútil a tentativa. E o filho dele, guardadas as devidas proporções, tá no caminho.

E as coisinhas vão reaparecendo, né? Quando elas acham que a gente tá de zé, não tamo nem aí!

Aí a gente vai nos “evento” e vê cada um que nunca se pensaria ver se não fosse um evento. Nesse famigerado mês das artes foi assim. Pra se ter uma idéia da consistência dessa gente.

Dia desses eu vi um vegetal. E não foi nada bonito.

Pensei também, agora, em quantas músicas brasileiras se fala em “pé no chão”.
PUTAQUEPARIU!
Se desde o primário, na escola pública, se sabe o quanto que a esquistossomose impera por aí!
Como é que se pode confiar numa música dessas? "De raiz"?
Imagina andar descalço?
E se as crianças ouvem isso??
Se um dia eu tiver um filho vai se chamar Hierônimo. Só de raiva!
nem joão nem josé. vamos evoluir!
outras opções: cleiton, ou vanderson, ou algum outro nome tipicamente brasileiro do interior do país. este sim o país verdadeiro. o país abençoado pelos arte – educadores que propagam a arte do circo.
amargura pouca é bobagem!
quem eu amo, mesmo, é a Vanusa.

pra fechar: um assassinato os remasters dos beatles!

TÔ MORTO!
E ninguém me avisa!!
É foda ter que se virar sozinho...
E você me ama incondicionalmente. Eu sei.
QUE LIXO!

Atéééééé um belo dia algo te assustar
assustar pra valer
sou especialista nisso

do lado de lá, entrego as armas.
porque tem vagabundo que tá seguindo na minha cola...
isso é que é o louco!
nem sei se ele tem alguma noção disso. mas que está, está!
o vagabundo...

e “vocês” não saem da mesmice, mesmo, né?
Ê povinho ridículo!
“Palmas” pra vocês.
QUE VOCÊS MERECEM!

de trás da bateria eu não escuto nada. é uma puta angústia.
Mas a gente se divertiu bastante. Do que a minha bebedeira consegue me lembrar, sim. Nos divertimos.

E “você”? Está curtindo uma praia enquanto reflete??
Que ser humano pequeno, não?
Mesmo com toda essa grandiosidade no coração...!
Coitada...
Mas eu sei pra que essa grandiosidade serve. Cá entre nós.

Michael Jackson cantando Come Together é uma merda.
Mas no pastiche dela, Morphine, ele se supera.
E “entrega” o doutor. E a si mesmo.

Teríamos formado um casal muito, muito legal, mesmo, eu acho, se você não fosse puta. Mas não se preocupe, querida; você não está sozinha. Só acho que deveria capitalizar em cima. Eu apoio!

de dez anos pra cá, nada mudou...

E “C3” fazendo brincadeirinha... Até cair de verdade...

A Hard Day's Night é um espetáculo de beleza. O primeiro deles.

O que mais podemos falar?
NADA!

“ “VAMOS LEVANTAR ESSE ASTRAL?!” “
Fábio Martins

A MISÉRIA COMEÇOU


Ao invés de sonhar acordado, eu tenho pensado dormindo. E isso está me tirando o sono, me fazendo quase que literalmente cair da cama. Assim: nos “meus sonhos”, fico pensando na materialização de um monte de atitudes, aparentemente simples, que tenho quase certeza que não tomarei. Daí, fico perturbado, e não durmo

- Doutor, ... o que é isso?
Ele disse que (Abre aspas): ... Alguém vulgar, pobre e sem cultura como eu não pode resolver este tipo de questão. (Fecha aspas, porque foi o que ele falou).

Você é pequenininha, também. Eu entendo.

Tô com vontade de comer lingüiça. Acho que vou no bar da minha puta amiga, aqui embaixo. Ela “saiu da noite”. Agora deve estar dando só de dia, se é isso que eu entendi...

Tenho muito o que fazer. Ou seja: não fazer nada. Seguir minha rotina desconfortável.

Eu, pra perder a paciência, dois segundos.
E a véia, lá...
Sabia que não seria tão fácil.
Tava muito bonito. E beleza, como disse o outro, é um negócio que agride.
E agora? Qual é o quadro?
Quer saber?!
Está lá! Definhando numa maca, no corredor das Clínicas. Ela, e mais um bando de desprovidos, gritando, sangrando, sofrendo.
Atropelados, com problemas de estômago, cabeça aberta. Um Bosch!

É. Os caras tão roubando até cueca. Fica esperto com a sua!
Mas, também, vai fazê o quê, né, patrício? Tem outra solução? Nessa bondade toda que é o povo brasileiro, isso é balela, foguinho de palha.
Lá no hospital, eu vejo, e FAÇO, isso... Aguardo calado. Como todo pobre.
Esses dias uma amiga quis entrar num banco, com o nenê dela no colo, e a giratória chiou. Logo pensei na imagem: NENÊ BOMBA! Entraram em pânico lá, arma na cabeça da criança e o caralho...
Que paísão!... Lindo, lindo, lindo! Praias do Nordeste, O Rio De Janeiro... Aaaaah, que suspiro... que brisa... E a gente usufruindo de tudo isso. Dessa paz. Dessas belezas. É coisa, hein?! HEIN?!?!
I gizuis ajudô purqueu num tenhu fiu pa criá!

E ainda tem umas vaca que dizem que Beatles não é bom. Isso só revela o quão baixo é o meio em que ela vive. De onde ela vem. Com quem “andas”.

“I wish that I knew what I know now
when I was younger
I wish that I knew what I know now
when I was stronger”
Ronnie Lane / Ron Wood